Por Marco Lacerda*
Hollywood e sua capacidade, ao longo dos anos, de impor ao mundo estilos de vida e de pensar são imprescindíveis para se entender certas nuances da cultura ocidental. Bollywood, sua equivalente indiana, que está comemorando 100 anos de vida, tem influência muito maior no jeito de viver de boa parte da Ásia e de alguns países do Oriente Médio.
Seus astros e estrelas são semideuses, seus estilos de dança são imitados por toda a juventude indiana, seus cenários se convertem em atrações turísticas e o ritual de ir ao cinema tornou-se parte da formação de qualquer jovem hindu. Ir ao cinema na Índia continua sendo um programa social como já foi no Ocidente, no passado. Com certeza por isso a pirataria tenha afetado tão pouco esta indústria inaugurada em 1913, com o filme ‘Raja Harishchandra’. Hoje Bollywood é uma das grandes fontes de renda da Índia, com uma produção de 800 filmes por ano e 15 milhões de entradas vendidas por dia.
Mais que uma mega-indústria, Bollywood tornou-se um estilo, embora tenha uma sede nos arredores de Bombaim, onde vivem todas as suas grandes estrelas. Uma das características do cinema indiano são os números musicais grandiosos, sempre misturando danças tradicionais com coreografias na cadência do pop ocidental. Nas estréias dos filmes as trilhas sonoras, amplamente divulgadas e comercializadas com antecedência, já estão na ponta da língua da platéia.
A trilha sonora é um indicador do potencial de cada filme: se uma canção cola nos ouvidos do público, o sucesso é garantido. Isso faz com que a escolha do compositor seja tão importante quanto a do diretor. Andrew Lloyd Weber e Nusrat Fateh Ali Khan, entre outros, já trabalharam para Bollywood.
Isso não diminui a importância da temática. Comédias românticas com final feliz são os candidatos mais fortes a caça-níqueis. Atores e atrizes como Shah Rukh Khan y Kajol (os equivalentes hindus a Angelina Jolie e Brad Pitt) são autênticas divindades que protagonizam aventuras de carro, cenas de desmaios e até suicídios, como na Hollywood dourada dos anos 50.
Cinema como evento social
O primeiro filme com som foi realizado nos anos 30, mas os que fizeram Bollywood decolar foram as produções dos anos 40 a 60 com histórias épicas hindus e temática de cunho social, até a chegada, nos anos 70 dos filmes de ação para todos os gostos. Nessa época surgem as grandes estrelas ao estilo do rock, maiores até que as de Hollywood. Sharmila Tagore e Hema Manili são duas delas.
O brilho, as sedas e o luxo são elementos essenciais e os protagonistas vestem figurinos criados por estilistas ocidentais que pagam qualquer preço para seus produtos aparecerem em filmes que ditam a moda na região. Gradualmente Bollywood se ocidentaliza a ponto de os produtores partirem para a exportação de histórias, pensavam, seriam de consumo apenas local. O passo seguinte foram as produções com locações no exterior, o que tornou a Espanha um dos cenários preferidos dos diretores indianos. Em se tratando de histórias de amor, no entanto, as filmagens se transferem para as montanhas geladas da Suiça e da Alemanha.
Desde que a pirataria fez tremer as bases das indústrias cinematográficas americana e européia, Bollywood desponta como a grande esperança do cinema. Afinal, a Índia talvez seja o único país onde o cinema ainda é sinônimo de magia e ir a um teatro assistir a um filme, um evento social importante, quase uma festa.
Seus astros e estrelas são semideuses, seus estilos de dança são imitados por toda a juventude indiana, seus cenários se convertem em atrações turísticas e o ritual de ir ao cinema tornou-se parte da formação de qualquer jovem hindu. Ir ao cinema na Índia continua sendo um programa social como já foi no Ocidente, no passado. Com certeza por isso a pirataria tenha afetado tão pouco esta indústria inaugurada em 1913, com o filme ‘Raja Harishchandra’. Hoje Bollywood é uma das grandes fontes de renda da Índia, com uma produção de 800 filmes por ano e 15 milhões de entradas vendidas por dia.
Mais que uma mega-indústria, Bollywood tornou-se um estilo, embora tenha uma sede nos arredores de Bombaim, onde vivem todas as suas grandes estrelas. Uma das características do cinema indiano são os números musicais grandiosos, sempre misturando danças tradicionais com coreografias na cadência do pop ocidental. Nas estréias dos filmes as trilhas sonoras, amplamente divulgadas e comercializadas com antecedência, já estão na ponta da língua da platéia.
A trilha sonora é um indicador do potencial de cada filme: se uma canção cola nos ouvidos do público, o sucesso é garantido. Isso faz com que a escolha do compositor seja tão importante quanto a do diretor. Andrew Lloyd Weber e Nusrat Fateh Ali Khan, entre outros, já trabalharam para Bollywood.
Isso não diminui a importância da temática. Comédias românticas com final feliz são os candidatos mais fortes a caça-níqueis. Atores e atrizes como Shah Rukh Khan y Kajol (os equivalentes hindus a Angelina Jolie e Brad Pitt) são autênticas divindades que protagonizam aventuras de carro, cenas de desmaios e até suicídios, como na Hollywood dourada dos anos 50.
Cinema como evento social
O primeiro filme com som foi realizado nos anos 30, mas os que fizeram Bollywood decolar foram as produções dos anos 40 a 60 com histórias épicas hindus e temática de cunho social, até a chegada, nos anos 70 dos filmes de ação para todos os gostos. Nessa época surgem as grandes estrelas ao estilo do rock, maiores até que as de Hollywood. Sharmila Tagore e Hema Manili são duas delas.
O brilho, as sedas e o luxo são elementos essenciais e os protagonistas vestem figurinos criados por estilistas ocidentais que pagam qualquer preço para seus produtos aparecerem em filmes que ditam a moda na região. Gradualmente Bollywood se ocidentaliza a ponto de os produtores partirem para a exportação de histórias, pensavam, seriam de consumo apenas local. O passo seguinte foram as produções com locações no exterior, o que tornou a Espanha um dos cenários preferidos dos diretores indianos. Em se tratando de histórias de amor, no entanto, as filmagens se transferem para as montanhas geladas da Suiça e da Alemanha.
Desde que a pirataria fez tremer as bases das indústrias cinematográficas americana e européia, Bollywood desponta como a grande esperança do cinema. Afinal, a Índia talvez seja o único país onde o cinema ainda é sinônimo de magia e ir a um teatro assistir a um filme, um evento social importante, quase uma festa.

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